04/09/2025

Pais e servidores aprovam obras para melhoria da UTI do Hospital Infantil João Paulo II

Referência no atendimento pediátrico de alta complexidade terá uma nova Unidade de Terapia Intensiva em menos de dois meses

“Meu filho passou pelo Infantil, foi muito bem atendido e, no dia 19/8 (data da internação), fui informada de que seriam realizadas obras no CTI. No dia 21, foi feita a transferência. Meu filho e os demais pacientes foram acompanhados de uma forma única, tiveram muito zelo. Fiquei muito tranquila, ele entrou em um estado delicado e deram toda a assistência”.

Como conta a dona de casa Lorena Priscila Ribeiro Randazzo Albergaria, 29 anos, mãe do Marco Antônio, 1 ano e 1 mês, que está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica do Hospital João XXIII (HJXXIII) desde o dia 21 de agosto – dois dias após dar entrada no Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII) devido a uma infecção grave, a transferência temporária dos pacientes, de uma para outra UTI, foi planejada e comunicada com antecedência aos acompanhantes dos pacientes, assim como aos servidores do setor.

“No João XXIII ele está sendo muito bem acompanhado pelos médicos e por toda a equipe do Infantil. Fico muito grata por tudo que eles estão fazendo aqui. As obras são para a melhoria do hospital e para atender a todas essas crianças, com mais tranquilidade, funcionalidade e respeito por nós”, completa Lorena.

Planejamento

A técnica de enfermagem da equipe da UTI do HIJPII, Tânia Sílvia Resende, reforça que todos os profissionais da UTI, de todos os plantões, foram informados e preparados para essa ação provisória e com retorno previsto para o final de outubro deste ano.

“A mudança ocorreu da forma mais adequada possível. Todos os pacientes foram acompanhados por profissionais tanto da área da enfermagem quanto por médicos e fisioterapeutas. Foi feita de forma organizada e, em momento algum, fomos pegos de surpresa. Todos os familiares foram avisados, (inclusive) sobre qual seria a sequência de transferência. Nós vamos voltar para o João Paulo II com a nossa estrutura melhorada”, conclui Tânia. 

Os dois hospitais integram o Complexo Hospitalar de Urgência e são interligados, o que facilitou o processo de transferência programada para atender às normas da Vigilância Sanitária – que determina que os cabos do sistema elétrico, ampliados para implantar o sistema Tasy, que aumenta a segurança e a qualidade da assistência ao paciente – devem ser embutidos na parede – como também para realizar obras de melhoria da infraestrutura da farmácia e da ambiência do setor, cujas paredes serão plotadas com o tema fundo do mar, escolhido por meio de votação entre servidores, pacientes e acompanhantes.

Momento ideal

Essa revitalização é realizada entre o final de agosto e outubro devido à baixa ocupação (cerca de 68% em comparação a mais de 95% na alta), típica do período pós-epidemia de doenças respiratórias (sazonalidade), de forma a não causar impacto assistencial, e com a manutenção da mesma equipe do HIJPII – composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, psicólogo e assistente social – para preservar a rotina de cuidados e assegurar continuidade, segurança e qualidade no atendimento às crianças.

O retorno após o término dessas intervenções também será programado e comunicado a todos – equipe profissional, familiares e acompanhantes – com, no mínimo, três dias de antecedência, levando em conta a situação clínica de cada paciente no momento da volta à UTI do HIJPII, que conta com 16 leitos permanentes.

“Durante a abordagem dos pais e acompanhantes, foi muito interessante verificar que todos estavam dispostos e juntos com a nossa equipe, entendendo a necessidade da reforma. Todos os dias, os acompanhantes passam por abordagens junto com psicólogo, assistente social e médico, que dão todas as orientações sobre a continuidade do cuidado a essas crianças”, finaliza o coordenador da UTI do HIJPII, Clauger Félix Correia Neves.

Por Alexandra Marques
Fotografias Clauger Neves