
30/07/2025
Agosto Dourado mostra que redes de apoio são necessárias para incentivar amamentação
Rede Fhemig possui papel fundamental na promoção do aleitamento materno e realiza diversas ações por meio de suas maternidades
A pequena Esther acabou de completar 1 ano e está esbanjando saúde. A criança nasceu prematura em agosto de 2024 na Maternidade Odete Valadares (MOV), devido a um episódio de pré-eclâmpsia da mãe, Edna Aparecida Gomes e por isso, ficou internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) durante vários dias. Mesmo passando por um momento difícil, sua mãe Edna, que também passou por uma internação, não mediu esforços para que Esther tivesse acesso ao melhor alimento possível para ela: o leite materno. Deu tão certo que o aleitamento segue firme até hoje.
Edna recorda-se do apoio incondicional que recebeu das profissionais da MOV para poder amamentar: “Desde o primeiro dia que eu estava na UTI, já recebi todas as orientações possíveis sobre a amamentação e sua importância, limpeza das mamas, massagens - além de ter tido todo apoio psicológico, já que estava muito abalada emocionalmente”, conta ela. Nos primeiros dias, Esther foi alimentada com o leite doado do Banco de Leite Humano, que é referência no apoio e promoção do aleitamento materno.
Para ela, todo o esforço valeu a pena. “Não foi fácil: o início da amamentação da Esther foi em meio a lágrimas e dores, mas hoje me sinto grata porque vencemos”. A autônoma acredita que o aleitamento materno foi fundamental para a evolução de Esther. “Hoje já foram incluídos outros alimentos nas suas refeições, mas a amamentação ainda é sagrada para seu desenvolvimento, além de ser um momento de união, de carinho, de atenção entre mãe e filha. Fico muito feliz em ter conseguido, em ter superado tudo e poder amamentar a minha filha até hoje”, finaliza.
Agosto Dourado
O mês de conscientização sobre a importância do aleitamento materno já faz parte do calendário de ações das maternidades da Fhemig - MOV, Hospital Júlia Kubitschek (HJK), em Belo Horizonte, e Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora – que, neste período, intensificam as atividades relacionadas ao estímulo, apoio, promoção e proteção à amamentação. Todas essas unidades são certificadas como hospitais “Amigo da Criança” pelo Ministério da Saúde.
O tema da campanha em 2025 é “Priorize a Amamentação: Crie Sistemas de Apoio Sustentáveis” e tem por objetivo reforçar a importância do aleitamento materno, não apenas como um ato de cuidado individual entre mãe e bebê, mas como uma prática que exige o envolvimento e o compromisso coletivo da sociedade. Amamentar é um direito e uma responsabilidade compartilhada; priorizar a amamentação é uma decisão estratégica de saúde pública e que depende de redes de apoio contínuas e eficazes”, afirma a coordenadora do Banco de Leite Humano da MOV, Karine Antunes.
Para a coordenadora da maternidade do Hospital Júlia Kubitschek, Ana Paula dos Santos Marques, algumas ações são essenciais no apoio à amamentação: oferecer acolhimento, garantir um ambiente calmo e seguro para o aleitamento, e ouvir a mãe com empatia e sem julgamentos, fortalecendo sua confiança. “A amamentação é um ato natural, mas nem sempre fácil, e por isso o apoio constante faz toda a diferença”, completa ela.
Teletrabalho para servidoras lactantes
Foi publicada, em 9 de julho, a Resolução Seplag nº 044/2025, que garantiu a possibilidade da realização de teletrabalho para as servidoras lactantes com funções laborais compatíveis com esta modalidade.
A medida contempla servidoras no período entre o fim da licença-maternidade e até os 24 meses do bebê, legitimando o direito de amamentar adequadamente e reconhecendo que a flexibilidade no trabalho é essencial para garantir saúde, bem-estar e vínculo materno-infantil
O decreto representa um avanço real e sustentável na forma como se organiza o serviço público em Minas Gerais, beneficiando diretamente as servidoras, suas famílias e, indiretamente, toda a sociedade.
As exceções à adoção do regime de teletrabalho na administração pública estão definidas no Decreto nº 48.275, de 24/09/2021, que Regulamenta a Política de Teletrabalho na Administração Pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo. A resolução não se aplica, por exemplo, às unidades assistenciais.
Por Anni Sieglitz