
26/09/2024
Fhemig marca presença na Expo-Hospital Brasil
Evento reúne diretores e gestores da área da saúde de Minas Gerais
A presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Renata Dias, a diretora assistencial da Rede, Lucineia Carvalhais, e a diretora do Complexo de Especialidades (hospitais Alberto Cavalcanti e Júlia Kubitschek), Cláudia Andrade, estiveram presentes nessa quarta-feira (25/9) no “VI Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde Pública”, participando do "Painel de Especialistas” com o tema “Qualidade Assistencial, Sustentabilidade e Eficiência na gestão de saúde: um debate necessário".
O congresso faz parte da Expo-Hospital Brasil – maior evento de saúde do estado, realizado no Expominas, em Belo Horizonte, e que reúne diretores, gestores e profissionais de hospitais e clínicas de Minas Gerais para discutir e apresentar as mais recentes inovações e tendências no setor hospitalar.
Mudanças
Na ocasião, as gestoras da Fhemig falaram sobre as principais mudanças observadas desde que assumiram as suas respectivas funções. Para Cláudia Andrade, diretora do Complexo de Especialidades, a Fundação vive seu melhor momento. “O maior desafio da administração pública é o gerenciamento de pessoas, seguido pelo gerenciamento de processos. Hoje, temos uma política que envolve profissionalismo, com gestores qualificados – que também tem sido uma proposta do Governo do Estado”.
Renata Dias, presidente da Fhemig, concordou: “Vejo que estamos melhorando. Caminhamos para um pensamento em rede, pensando em equipes multiprofissionais não só na área assistencial, mas na gestão também. Hoje, temos uma missão e um lugar para chegar, que está cada vez mais próximo”.
A diretora assistencial, Lucineia Carvalhais, também destacou a integralidade. “A Fhemig era muito fechada, voltada para os seus próprios serviços e distante das necessidades territoriais em que seus hospitais estão inseridos. Percebo que agora trilhamos os desafios, o compromisso com as vocações das unidades vem sendo discutido de acordo com as necessidades dos locais em que elas se encontram. Com isso, temos uma instituição mais integrada e responsabilizada”.
Eficiência
A diretora falou ainda sobre a importância das parcerias para o futuro de uma instituição mais eficiente. “Vamos desenvolver diferentes formas de parcerias, não só Organização Social (OS) ou Parceria Público-Privada (PPP). Os parceiros que estão chegando são fundamentais para gerir essa sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou.
Ainda segundo Lucineia, a eficiência não só é possível, mas deve ser perseguida pela instituição. “O Diagnosis Related Group (DRG – Grupos de Diagnósticos Relacionados) – sistema utilizado pela Fhemig para classificação de pacientes – nos permite aumentar a eficiência, controlando o tempo de internação, aumentando a segurança do paciente – que não ficará internado além do tempo necessário para o seu tratamento, e disponibilizando o leito para outro usuário, sem afetar a qualidade e a humanização. Com o DRG controlamos não só o processo interno, mas o processo após a alta e a taxa de reinternação não esperada”, explicou.
Cláudia destacou também o investimento da instituição na gestão de pessoas e de processos. “Nossos servidores precisam ser qualificados para exercerem suas funções e cumprirem o que está sendo proposto com os recursos e estratégias que temos. Entendo que estamos no caminho da sustentabilidade e a gestão de pessoas faz parte disso. Vivemos um momento diferente e, se todos estiverem engajados, a sustentabilidade será a consequência de tudo que estamos fazendo”.
O Programa de Desenvolvimento de Líderes (PDL) e a Pesquisa de Clima Organizacional também foram citados como a busca constante da Fundação pela eficiência. “Estamos realizando um programa de desenvolvimento de líderes com foco na gestão para que possamos capacitar nossos profissionais, já que quase todos os gestores da Fhemig vêm da área da saúde. Em uma mesma sala de aula, temos servidores de várias categorias e cidades de Minas Gerais, fazendo com que a gente se integre e avance cada vez mais. Além disso, realizamos uma pesquisa de clima organizacional para que, enquanto líderes, consigamos tocar o servidor e trazê-lo para o novo cenário em que nos encontramos”, afirmou a presidente da Fhemig. E completou: “Ser eficiente no setor público é atender mais. Tornar real o SUS ideal, que é nosso propósito, é maravilhoso”.
Setembro Verde
O diretor do MG Transplantes (MGTX), Omar Lopes Cançado, que também esteve presente, aproveitou a oportunidade para falar sobre a campanha Setembro Verde e lembrar a importância da colaboração dos hospitais. “Precisamos otimizar as doações. Podemos aumentar muito a captação de órgãos e tecidos, principalmente de óbitos por coração parado. Conto com vocês para subirmos esses números, inclusive de córneas, que está hoje com mais de 4 mil pessoas aguardando na fila. Para isso, basta melhorar os processos dentro dos hospitais. Se todos se organizarem, dá para fazer mais, inclusive hospitais privados ou filantrópicos, não só os públicos”, alertou.
A presidente da Fhemig lembrou ainda dos esforços do Estado para fortalecer as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott’s) e do incentivo financeiro aos hospitais que cumprirem uma meta de captação. “É uma tentativa de aumentar a captação de órgãos. Já melhoramos muito os números nos últimos anos, mas ainda temos uma fila de espera grande. Os hospitais que realizam transplantes dizem que são capazes de fazer mais cirurgias, mas para isso precisamos captar mais órgãos”, concluiu Renata.
O MG Transplantes, da Fhemig, também marcou presença na Expo-hospital Brasil com um estande, durante os três dias de evento, tirando todas as dúvidas de quem passava por lá.
Por Aline de Castro
Foto: Michèlle Guirlanda